terça-feira, 4 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez - AEE



Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado
 As concepções sobre a educação de pessoas surdas se dividem em idéias oralistas  e gestualistas, e se fundamentam em três abordagens: a Oralista, a Comunicação Total e a abordagem do Bilingüismo.Para refletir sobre o que preconizam autores e especialistas no assunto buscamos estudar para obter esclarecimentos  no texto proposto para estudo pelos autores Mirlene Ferreira e Josimário de Paulo. A Teoria oralista entende que o sujeito se integra ao meio e desenvolve-se, por meio da fala, da oralidade, articulação dos sons que representam signos formalmente convencionados culturalmente. Segundo Witkoski(2009),no oralismo a  técnica de leitura labial,apontada como a possibilidade do surdo compensar o sentido da audição para ter acesso às informações via palavras faladas, constitui-se em um mito, pois segundo o mesmo autor é provável que o melhor leitor labial adulto, só consiga  entender metade das palavras articuladas, o resto é pura adivinhação.De acordo com Botelho(2011)para fazer leitura labial, a pessoa surda deve manter o foco nos lábios do interlocutor e qualquer mudança de posição causam perdas de informação.Na Comunicação Total é admitida a utilização de todas as formas de expressão e comunicação sem privilegiar nenhuma delas,nem mesmo a oralidade.A comunicação total utiliza todo e qualquer recurso possível para a comunicação e leva em consideração as características da pessoa com surdez.Para Sá (1999), apud Damásio,esta proposta não dá o devido valor a Língua de Sinais,portanto pode-se dizer que é uma outra feição do oralismo e seus resultados são questionáveis. A abordagem do bilingüismo visa capacitar a pessoa com surdez para a utilização de duas línguas no cotidiano escolar e na vida social, quais sejam: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. A inclusão das pessoas surdas na escola comum requer ousadia e cautela diante das perdas auditivas para que se busque meios para beneficiar esses alunos, tanto na sala de aula como no Atendimento Educacional Especializado. Conforme Dorziat (1998),para essa autora o aperfeiçoamento,o oferecimento de condições nas escolas é primordial em favor dos alunos com surdez na escola comum.Concordamos com Poker (2001),apud Damásio (2010)ao afirmar que as trocas simbólicas provocam a capacidade representativa dos alunos favorecendo o desenvolvimento do pensamento e do conhecimento em ambientes heterogêneo de aprendizagem. Damásio (2010) reforça ao afirmar que mais que uma língua, as pessoas com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade cognitiva desses alunos. Na prática verificamos que a escola comum não conseguiu ainda escolarizar esses alunos e questionamos junto com os autores: Essa dificuldade se encontra nas práticas pedagógicas ou no uso da língua desenvolvida nesse espaço?  Concordo com Poker(2001) ao afirmar que se só a posse de uma língua bastasse para aprender, as pessoas ouvintes não teriam problemas de aproveitamento escolar.O Atendimento Educacional Especializado para pessoas com surdez no Brasil, segundo Damásio (2005), precisa ser organizado em três  momentos didáticos pedagógicos:Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua de Sinais,Atendimento Educacional Especializado em Língua de Sinais e Atendimento Educacional para o ensino de Língua Portuguesa escrita.O atendimento deve ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais.Diante do exposto se torna visível a necessidade do atendimento educacional especializado para pessoas com surdez, para estimular, explorar as habilidades e potencialidades desses indivíduos em todos os sentidos, com propostas inovadoras, oferecendo recursos tecnológicos modernos em um ambiente favorável.