quinta-feira, 31 de julho de 2014
Reflexão sobre "O modelo dos Modelos de Ítalo Calvino
Na leitura do texto “O modelo dos modelos” Ítalo Calvino nos convida a uma reflexão quanto aos modelos de ensino existentes ou que idealizamos para as crianças que tem necessidades especiais, e faz um comparativo com a visão dos professores sobre a educação especial e a visão do Palomar, sobre o modelo a ser construído, percebemos a semelhança com a evolução da história da educação, e observamos que o Palomar visava um modelo único perfeito de educar e foi percebendo a necessidade de um modelo transformável que se adaptasse a realidades distintas.como é a nossa sala de aula, não existe um modelo que se aplique a todas as salas porque cada uma é única, têm as suas singularidades e suas peculiaridades.Dai a necessidade de se respeitar as diferenças. Não existe receita pronta para a educação ela precisa ser construida de acordo com cada peculiaridade, especificidade, necessidade. Fazendo um comparativo com o atendimento do AEE constatamos que cada caso é único, singular portanto precisa que se descobrir toda a potencialidade das nossas crianças com necessidades especiais e para isto devemos ter nossas mentes abertas, pois para entendermos o todo, precisamos conhecer as partes, ou seja para trabalharmos as deficiências precisamos conhecer a criança com as suas singularidades.Olhar a criança com sensibilidade e percebe-la como uma pessoa e não como uma deficiência.Para que isto aconteça precisamos nos desconstruir ou destruirmos os modelos que construimos com nossas ideias.
sábado, 31 de maio de 2014
SUGESTÃO DE JOGOS INTERATIVOS DE ALTA E BAIXA TECNOLOGIAS QUE PODEM SER UTILIZADOS EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
PEQUENO ENGENHEIRO: JOGO USADO PARA DESENVOLVER NA CRIANÇA SUA IMAGINAÇÃO E CAPACIDADE CRIATIVA POR MEIO DE CONSTRUÇÕES
ALINHAVO:JOGO USADO PARA ESTIMULAR SUA MOTRICDADE FINA, COORDENAÇÃO MOTORA FINA E HABILIDADES MANUAIS
ALFABETO MÓVEL:EXCELENTE PARA TRABALHAR SUA CAPACIDADE LEITORA, IDENTIFICAÇÃO DAS LETRAS DO ALFABETO E CONSTRUÇÃO DE PALAVRAS.
TANGRAN: ESTE JOGO MILENAR TEM UMA INFINIDADE DE USO, COMO: RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO, FRAÇÕES E OUTROS.
domingo, 25 de maio de 2014
Atividades de Tecnologias Assistivas de Alta e Baixa Tecnológias
A Tecnologia Assistiva (TA) apesar de ser recente têm conquistado um espaço de grande importância para a realização de trabalhos na educação, essencialmente na sala de Recursos Multifuncionais (SRM), espaço no qual se desenvolvem trabalhos de atendimentos educacionais voltados para crianças com deficiências, oferecendo recursos e serviços que proporcionam independência, autonomia, ampliação das habilidades, correção de dificuldades e promoção da inclusão no convívio social. Segundo Bersch “o serviço de Tecnologia Assistiva na escola tem por objetivo promover e orientar a utilização de recursos e/ou práticas que ampliem habilidades dos alunos com deficiência, favorecendo a participação nos desafios educacionais” (Bersch, 2006), portanto o aluno passa a utilizar essas tecnologias para facilitar a sua aprendizagem em todos os níveis, seja cognitivo, motor e social, rompendo barreiras que possam vir impedir a sua participação nas atividades propostas e situações cotidianas.
Os recursos de tecnologias assistivas de alta ou baixa são aqueles que nós educadores utilizamos no nosso fazer pedagógico com o intuito de melhorar as habilidades, mantê-las e ampliá-las. Portanto tudo que é usado para auxiliar no bom desempenho ou ampliação de suas capacidades, como computadores, softwares especiais, jogos, atividades, desafios, tabelas de comunicação visual, como óculos e lupas, comunicações alternativas, acionadores e outros itens que possam ser confeccionado, adaptado pelo professor ou fabricados ou por encomenda.
No contexto educacional acredita-se que se deve antes de tudo conhecer os objetivos educacionais propostos ao aluno com deficiência e conhecer profundamente esse aluno, para que seja possível identificar adequadamente as ferramentas da tecnologia assistiva que facilitarão esse aluno alcançar as metas, no que diz respeito ao campo educacional. Assim essas tecnologias são criadas tanto para servir ao aluno, facilitando sua aprendizagem, como ao professor contribuindo na sua prática e suporte didático para que seu aluno consiga alcançar êxito. No caso de transtornos do Espectro Autista de sujeitos com déficits de comunicação, para que ocorra o desenvolvimento, há estudos, como o de Bez (2010), que evidenciam que o uso de estratégias de mediação acrescido da utilização da comunicação alternativa e recursos de alta e baixa tecnologia proporcionam aos sujeitos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) um aumento de sua interação social e ampliação da comunicação. Bez (2010) utilizou, para promover o desenvolvimento desses sujeitos, um processo que chamou de “Ação Mediadora” que contemplava o uso de recursos e símbolos de Comunicação Alternativa (C.A.) como ferramentas e signos de mediação. Para isso, foram inseridas a comunicação alternativa e a aumentativa à tecnologia para que fosse possível verificar a intencionalidade de comunicação e suas formas de construção e representação nos investigados. O educador mesmo sem se dar conta, está sempre utilizando as tecnologias quando confecciona um jogo educativo, um material didático, uma adaptação de recurso, não importa que tipo de tecnologias esteja utilizando, o que importa são os resultados obtidos.
Seguem algumas atividades com ilustrações:
Atividades com Alinhavo são interessantes .
O alfabeto Móvel é amplo em suas indicações de uso.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Deficiência múltipla/ surdocegueira
Definição e informações:
As pessoas consideradas com
deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas,
caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com
possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as
pessoas que têm deficiência mental e física. Para receber e
trabalhar com pessoas com múltipla deficiência, consideramos
importante trazer informações sobre esta possibilidade.As
instituições que recebem os casos de múltipla deficiência
costumam atender casos de surdocegueira, caracterizada como
deficiência sensorial, que combinam as deficiências auditiva e
visual. A pessoa que tem surdocegueira não pode ser comparada com um
surdo nem com um cego, pois a pessoa com cegueira e a pessoa surda
utilizam seus sentidos de forma complementar: a pessoa com
deficiência visual trabalha mais sua audição e a pessoa surda
conta mais com sua visão, No caso da surdocegueira, esta
complementação não acontece - é uma outra deficiência. É por
esta razão que escrevemos esta deficiência com uma só palavra,
"surdocegueira".
Lamentavelmente os profissionais
especializados e os familiares de pessoas com múltipla deficiência
focalizavam sua atenção no que estas pessoas não podiam fazer, em
suas desvantagens e dificuldades. Atualmente temos uma postura
diferente: preocupamo-nos em descobrir quais são as possibilidades,
quais são as suas necessidades, em vez de destacar suas
dificuldades. Assim, temos descoberto formas e métodos para
atendê-la.É importante que a família seja orientada a manter um
contato com a criança por meio dos sentidos que não foram lesados,
para estimular o resíduo auditivo e, principalmente, o resíduo
visual, se houver. Por exemplo: a família do bebê surdocego deve
passar informações a ele por meio de toques afetivos; ele deve
sentir que é amado e perceber a presença do adulto através de
brincadeiras.
As causas da surdocegueira podem ser
provenientes de acidentes graves; síndrome de Usher (as
manifestações clínicas desta síndrome de origem genética incluem
a surdez, que se manifesta logo no início da vida e a perda visual
que ocorre, geralmente, mais tarde); surdocegueira congênita,
resultante de doenças como a rubéola ou de nascimentos prematuros.
É difícil imaginar como uma pessoa
surdocega se comunica, mas isso é possível. Os surdocegos possuem
diversas formas para se comunicar com as outras pessoas.
A LIBRAS, Língua Brasileira de
Sinais, desenvolvida para a educação dos surdos, pode ser adaptada
aos surdocegos, utilizando-se o tato. Colocando a mão sobre a boca e
o pescoço de um intérprete, a pessoa com surdocegueira pode sentir
a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito. Esse
método de comunicação é chamado de Tadoma.
Também é possível para o
surdocego escrever na mão de seu intérprete, utilizando o alfabeto
manual dos surdos, soletrando as palavras ou ele pode redigir suas
mensagens em sistema braile, que é um alfabeto composto por pontos
em relevo criado para a comunicação dos portadores de deficiência
visual.
Existe ainda o alfabeto moon, que
substitui as letras por desenhos em relevo e o sistema pictográfico,
que usa símbolos e figuras para designar os objetos e ações.
Há casos de crianças surdocegas
brasileiras que desenvolvem condições de serem educadas com os
surdos, comunicando-se em LIBRAS e usando o braile para o
conhecimento da leitura e escrita. Mas, para que isso aconteça é
necessário que a intervenção seja precoce, ou seja, quando a
criança for bem pequena. Cada surdocego adulto tem o direito de
decidir qual vai ser sua forma de comunicação, para que participe
das atividades em casa, no trabalho e no lazer.
A deficiência múltipla é a
ocorrência de duas ou mais deficiências congênitas ou adquiridas
simultaneamente sejam deficiências intelectuais, físicas ou ambas
combinadas.
Não existem estudos que comprovem
quais são as mais recorrentes. As causas podem ser pré-natais,
peri-natais, ou pós natais, por má-formação fetal e por infecções
virais como rubéola ou doenças sexualmente transmissíveis, que
também podem causar deficiência múltipla em indivíduos adultos,
se não forem tratadas.
Segundo Sorelove e Sobsey (2000)
Mais do que a somatória de deficiências, as pessoas com deficiência
múltipla são individuos com comprometimentos acentuados no domínio
cognitivo, domínio motor, e domínio sensorial (visão, audição) e
que requerem apoio permanente, além de cuidados de saúde. Os canais
de visão e audição não são os únicos afetados, mas outros
sistemas como tátil,olfativo, gustativos,vestibular e proceptivo
também são afetados.Os comprometimentos em uma dessas áreas podem
ter um efeito singular no funcionamento, aprendizagem e
desenvolvimento da criança (Perreault, 2002). É preciso levar em
conta que as deficiências,causam consequências nos diversos
aspectos do desenvolvimento da criança e que influenciam diretamente
na sua maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades
adaptativas.
Para Nielsen o modo como cada
deficiência afetará o aprendizado de tarefas simples e o
desenvolvimento da comunicação do indivíduo varia de acordo com o
grau de comprometimento propiciado pelas deficiências, associado aos
estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida. A autora diz
ainda que quanto maior for o número de deficiências maior a
necessidade de fazer uso das habilidades que possui e uso de recursos
e sendo assim é preciso ficar atento às competências do aluno com
deficiência múltipla, usando estimulação sensorial e buscando
formas variadas de comunicação, para identificar a maneira mais
favorável de interagir com o aluno tanto com surdocegueira como com
deficiência múltipla.
terça-feira, 4 de março de 2014
Educação Escolar de Pessoas com Surdez - AEE
Educação
Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado
As concepções sobre a educação de pessoas
surdas se dividem em idéias oralistas e
gestualistas, e se fundamentam em três abordagens: a Oralista, a Comunicação
Total e a abordagem do Bilingüismo.Para refletir sobre o que preconizam autores
e especialistas no assunto buscamos estudar para obter esclarecimentos no texto proposto para estudo pelos autores
Mirlene Ferreira e Josimário de Paulo. A Teoria oralista entende que o sujeito
se integra ao meio e desenvolve-se, por meio da fala, da oralidade, articulação
dos sons que representam signos formalmente convencionados culturalmente.
Segundo Witkoski(2009),no oralismo a
técnica de leitura labial,apontada como a possibilidade do surdo compensar
o sentido da audição para ter acesso às informações via palavras faladas,
constitui-se em um mito, pois segundo o mesmo autor é provável que o melhor
leitor labial adulto, só consiga
entender metade das palavras articuladas, o resto é pura adivinhação.De
acordo com Botelho(2011)para fazer leitura labial, a pessoa surda deve manter o
foco nos lábios do interlocutor e qualquer mudança de posição causam perdas de
informação.Na Comunicação Total é admitida a utilização de todas as formas de
expressão e comunicação sem privilegiar nenhuma delas,nem mesmo a oralidade.A
comunicação total utiliza todo e qualquer recurso possível para a comunicação e
leva em consideração as características da pessoa com surdez.Para Sá (1999),
apud Damásio,esta proposta não dá o devido valor a Língua de Sinais,portanto
pode-se dizer que é uma outra feição do oralismo e seus resultados são
questionáveis. A abordagem do bilingüismo visa capacitar a pessoa com surdez
para a utilização de duas línguas no cotidiano escolar e na vida social, quais
sejam: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. A inclusão das
pessoas surdas na escola comum requer ousadia e cautela diante das perdas
auditivas para que se busque meios para beneficiar esses alunos, tanto na sala
de aula como no Atendimento Educacional Especializado. Conforme Dorziat (1998),para
essa autora o aperfeiçoamento,o oferecimento de condições nas escolas é
primordial em favor dos alunos com surdez na escola comum.Concordamos com Poker
(2001),apud Damásio (2010)ao afirmar que as trocas simbólicas provocam a
capacidade representativa dos alunos favorecendo o desenvolvimento do
pensamento e do conhecimento em ambientes heterogêneo de aprendizagem. Damásio
(2010) reforça ao afirmar que mais que uma língua, as pessoas com surdez
precisam de ambientes educacionais estimuladores que desafiem o pensamento e
exercitem a capacidade cognitiva desses alunos. Na prática verificamos que a
escola comum não conseguiu ainda escolarizar esses alunos e questionamos junto
com os autores: Essa dificuldade se encontra nas práticas pedagógicas ou no uso
da língua desenvolvida nesse espaço? Concordo com Poker(2001) ao afirmar que se só
a posse de uma língua bastasse para aprender, as pessoas ouvintes não teriam
problemas de aproveitamento escolar.O Atendimento Educacional Especializado
para pessoas com surdez no Brasil, segundo Damásio (2005), precisa ser
organizado em três momentos didáticos
pedagógicos:Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua de
Sinais,Atendimento Educacional Especializado em Língua de Sinais e Atendimento
Educacional para o ensino de Língua Portuguesa escrita.O atendimento deve ser
planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da
Língua de Sinais.Diante do exposto se torna visível a necessidade do
atendimento educacional especializado para pessoas com surdez, para estimular,
explorar as habilidades e potencialidades desses indivíduos em todos os
sentidos, com propostas inovadoras, oferecendo recursos tecnológicos modernos
em um ambiente favorável.
Assinar:
Postagens (Atom)