O vídeo tem o título: “Olha por
mim” é feito em poesia por autora portuguesa, com o objetivo de repassar para
os deficientes visuais os efeitos, o mais real possível de imagens de uma exposição
de quadros em relevo, oferecendo oportunidades a pessoas para tocar, sentir e
ouvir um áudio descrição feita com riqueza de detalhes, durante a visita a uma
galeria de artes por deficientes visuais. A emoção, lágrimas e a fala da
visitante demonstram como ela mesma afirma tudo que ela viu (mesmo sem ver) e
percebeu com o uso do recurso de áudio descrição. Diferente de todas as
propostas de não poder tocar nos quadros em galerias e museus essa se
diferencia e se enche de significados, que jamais se imaginou.
domingo, 1 de dezembro de 2013
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Atividades Sugeridas para Trabalhar com Deficiência Intelectual.
Os Blocos Lógicos sugeridos no Blog, são atividades que na forma lúdica, o professor trabalha com diferentes conceitos sem que a criança sinta-se cobrada ou pressionada. Sua participação direta na construção de conceitos, é algo que facilita para que os mesmo sejam internlizados.
Os objetivos com o uso dos blocos lógicos são facilmente alcançados, por tratar-se de uma metodologia moderna e de fácil compreensão, onde o aluno interage ativamente.
Na busca de novas abordagens para trabalhar, com figuras geométricas planas,diferentes formas, cores, espessuras, tamanhos e sequencias lógicas, seu uso é indicado e tem-se obtido bons resultados quando aplicado no caso de crianças com DI. O video apresenta-se com instruções de aplicabilidade auto explicativo, sendo assim convido as colegas apreciarem seu desenrolar que é bem interessante e convidativo. O Tangram é também um jogo milenar que se for bem utilizado traz uma riqueza de propostas que valem a pena ser conferido e que todas façam bom uso em suas propostas no trabalho com crianças com DI. O objetivo de qualquer quebra cabeça é principalmente trabalhar o raciocínio lógico, sua capacidade de análise e sintese tão necessários nos casos de crianças com DI.
Os Blocos Lógicos sugeridos no Blog, são atividades que na forma lúdica, o professor trabalha com diferentes conceitos sem que a criança sinta-se cobrada ou pressionada. Sua participação direta na construção de conceitos, é algo que facilita para que os mesmo sejam internlizados.
Os objetivos com o uso dos blocos lógicos são facilmente alcançados, por tratar-se de uma metodologia moderna e de fácil compreensão, onde o aluno interage ativamente.
Na busca de novas abordagens para trabalhar, com figuras geométricas planas,diferentes formas, cores, espessuras, tamanhos e sequencias lógicas, seu uso é indicado e tem-se obtido bons resultados quando aplicado no caso de crianças com DI. O video apresenta-se com instruções de aplicabilidade auto explicativo, sendo assim convido as colegas apreciarem seu desenrolar que é bem interessante e convidativo. O Tangram é também um jogo milenar que se for bem utilizado traz uma riqueza de propostas que valem a pena ser conferido e que todas façam bom uso em suas propostas no trabalho com crianças com DI. O objetivo de qualquer quebra cabeça é principalmente trabalhar o raciocínio lógico, sua capacidade de análise e sintese tão necessários nos casos de crianças com DI.
domingo, 8 de setembro de 2013
Tecnologia Assistiva - DF
Tecnologia Assistiva
Tecnologias
assistivas é uma área do conhecimento, com caraterística;
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade , relacionada à atividades e participação de
pessoas com deficiências, incapacidades ou mobilidade reduzida,
visando a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social. (CAT- Comitê Brasileiro de Tecnologias Assistivas- Portaria
n° 142 de 16 de novembro de 2006)
Produtos,
recursos e metodologias
No mercado existe uma infinidade de produtos e recursos
que podem variar de uma simples prancha de comunicação a um
complexo sistema computadorizado, softwares e hardwares especiais,
que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para
adequação da postura, recursos para mobilidade manual, equipamentos
de comunicação alternativa, acionadores, materiais protéticos
disponíveis no comercio e vários outros itens confeccionados
artesanalmente ou ainda feito adaptações necessárias para atender
cada especificidade. O professor pode confeccionar caixas de areia
(facilita a escrita) ou caixas de antecipação que podem ser
utilizadas com alunos que não possuem sistema formal de comunicação.
As caixas de antecipação feita com objetos concretos (escova de
dentes) colados em placas de madeira ou papelão e referem-se a
objetos de referência usadas para antecipar uma atividade de rotina,
refeição,(talheres) recreação (bola) e outros.
É indispensável uma boa adequação postural para a
realização das atividades em sala de aula. Para tanto, materiais e
cadeiras adaptadas com apoio dos pés e cabeça cinto torácico,e
bandeja adicional são usadas tanto na deficiência física como nas
associadas a outras deficiências. A adequação postural implica a
obtenção de um mobiliário adequado, portanto é preciso
conhecimento das necessidades e planejamento na aquisição, uso, e
observação dos resultados vez que estas poderão se constituir em
grandes barreiras para o aprendizado, pois além do acesso aos
espaços é importante que a escola proporcione condições básicas
de conforto e segurança favorecendo a participação do aluno, nas
diversas atividades como culturais,esportivas, laboratoriais e
sociais. No que se refere ao conceito de mobilidade estes devem ser
projetados pensando na possibilidade de deslocamento com segurança,
com o minimo de esforço possível, no sentido de facilitar o acesso
,que deve ser realizado preferencialmente de forma autônoma. A
legislação brasileira aponta para o direito do cidadão com
deficiência a concessão dos recursos de tecnologia assistiva dos
quais necessita..Neste sentido alguns passos importantes estão se
concretizando embora muito, ainda deve ser feito. O Decreto n°3298
de 1999,art.19 fala do direito do cidadão brasileiro com deficiência
às ajudas técnicas. Nele consta que:
Consideram-se
ajudas técnicas, para efeitos deste decreto,os elementos que
permitem compensar uma ou mais limitações
funcionais motoras,sensoriais ou mentais dapessoa portadora de deficiência, com
o objetivo de permitir-lhe superar barreiras da comunicação ou mobilidade e de
possibilitar sua plena inclusão (Brasil. Decreto n° 3.298,de 20 de Dezembro de 1999)
Na apresentação das ferramentas e ajudas técnicas
que atendem as necessidades de aquisição, adaptação, de recursos
para alunos em processo de desenvolvimento o professor deve entender
a situação, planejar e construir o objeto para posteriormente
acompanhar e avaliar o uso de cada ideia gerada.
As figuras a seguir representam as ajudas técnicas:
Bola com lápis
Adaptador/Engrossador de lápis
Aranha-mola
Plano inclinado
Tesoura adaptada
Tesoura adaptada
Adaptador/Engrossador de pincel
Andador com freio nas mãos com cesta afixada na frente
Andador para empurrar bola
Mouse acionador
segunda-feira, 8 de julho de 2013
AEE-Finalização-Roserice
AEE- Fechamento-Roserice
Iniciar o trabalho de atendimento do aluno exige do
professor de AEE, a arte de saber ouvir e sensibilidade para observar, colhendo
o máximo de dados e informações sobre as queixa trazidas e que sejam referentes
ao aluno. A família, a comunidade, o professor de sala de aula e profissionais
de apoio, são elementos imprescindíveis para que se conheça melhor a situação
real de cada criança. Toda ação realizada sem um prévio planejamento, torna-se
inviável e impraticável, dai a necessidade de planejar e só se pode planejar
embasado em conhecimento prévio do caso, encima de dados coletados, que serão usados
no desenvolvimento do plano pode-se utilizar nesta coleta entrevistas, visitas,
analise de documentos, pareceres pedagógicos e clínicos, avaliação escrita
entre outros.
Movidos por competências, pode-se então construir um
plano com objetivos definidos, que seja exequível, coerente com a busca da
solução do problema, com embasamento nos conhecimentos adquiridos, obedecendo
cada etapa sugerida. Orientados
por estes aspectos, certamente construiremos um plano competente e capaz de
avaliar sua aplicabilidade e funcionalidade. Propor atividades inovadoras
estratégias específicas, com metodologia, recursos e materiais pedagógicos,
tecnológicos e humanos apropriados. Agindo assim será possível saber se este
terá condições ou não de prover e promover as necessidades de cada aluno
na escola, na sala de aula, no AEE, e na família. O plano é para o professor um
norte a seguir com metas traçadas, e que devem ser flexíveis e modificadas
quando se julgar necessário ou quando não lograr êxito.
Ficou visível que na caminhada em favor da educação
especial, segundo (CERTEAU,1994) que devemos investir na possibilidade de
inventar o cotidiano com capacidade criadora para inovar, romper velhos
acordos, resistências, e lugares eternizados na educação. Concluo afirmando que
depende de nós e do compromisso que assumimos com o AEE de seremos
fermentos na massa para que as salas de recursos multifuncionais conquistem
força e credibilidade.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Direito de Aprender-Instituto Rodrigo Mendes
Uma iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes
Acervo de relatos
Os relatos aqui apresentados são de total responsabilidade dos seus autores e devem ser entendidos como uma possível fonte de pesquisa para outros projetos educacionais comprometidos com a educação inclusiva. Não são, portanto, receitas prontas, passíveis de mera replicação com expectativas de um mesmo resultado. As ideias, pensamentos e opiniões expressas nestes relatos não são necessariamente do Instituto Rodrigo Mendes.
Direito de Aprender
28/03/2013| Comente!sobre o Direito de AprenderO Instituto Paradigma em parceria com a Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Sorocaba (SP) reuniu experiências educacionais inclusivas de sucesso no intuito de compartilhar desafios e as possibilidades da educação inclusiva na rede pública da cidade.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Principios da Educação Inclusiva
Princípios
da Educação Inclusiva
Instituto
Rodrigo Mendes
- Toda criança tem o direito de acesso à educação de qualidade na escola regular e de atendimento especializado complementar, de acordo com suas especificidades. Esse direito está em consonância com a “Declaração Universal dos Direitos Humanos” e outras convenções compartilhadas pelos Países Membros das Nações Unidas.
- Toda criança aprende: sejam quais forem as particularidades intelectuais, sensoriais e físicas do educando, partimos da premissa de que todos têm potencial de aprender e ensinar. É papel da comunidade escolar desenvolver estratégias pedagógicas que favoreçam a criação de vínculos afetivos, relações de troca e a aquisição de conhecimento.
- O processo de aprendizagem de cada criança é singular: as necessidades educacionais e o desenvolvimento de cada educando são únicos. Modelos de ensino que pressupõem homogeneidade no processo de aprendizagem e sustentam padrões inflexíveis de avaliação geram, inevitavelmente, exclusão.
- O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos: acreditamos que a experiência de interação entre pessoas diferentes é fundamental para o pleno desenvolvimento de qualquer criança ou jovem. O ambiente heterogêneo amplia a percepção dos educandos sobre pluralidade, estimula sua empatia e favorece suas competências intelectuais.
- A educação inclusiva diz respeito a todos: a diversidade é uma característica inerente a qualquer ser humano. É abrangente, complexa e irredutível. Acreditamos, portanto, que a educação inclusiva, orientada pelo direito à igualdade e o respeito às diferenças, deve considerar não somente crianças e jovens tradicionalmente excluídos, mas todos os educandos, educadores, famílias, gestores escolares, gestores públicos, parceiros, etc.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Um Bom Curso (Moran, José Manuel,2007 ).
Quando olhamos para nossa experiência de alunos em sala de aula, um bom curso é aquele que nos empolga, nos surpreende, nos faz pensar, nos envolve ativamente, traz contribuições significativas e nos põe em contato com pessoas, experiências e idéias interessantes. Às vezes um curso promete muito, tem tudo para dar certo e nada acontece. Em contraposição, outro que parecia servir só para preencher uma lacuna, se torna decisivo.
Um bom curso depende de um conjunto de fatores previsíveis e de uma "química", uma forma de juntar os ingredientes que faz a diferença.
No fundamental,um bom curso presencial ou a distância, possuem os mesmos ingredientes:
Um bom curso, presencial ou a distância, depende, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
O grande educador atrai não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Há sempre algo surpreendente, diferente no que diz, nas relações que estabelece, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir
Um bom curso depende também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador.
Um bom curso depende também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apóiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.
Um bom curso depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem, de ter uma boa infra-estrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas... A aprendizagem não se faz só na sala de aula, mas nos inúmeros espaços de encontro, de pesquisa e produção que as grandes instituições propiciam aos seus professores e alunos.
Em educação a distância um dos grandes problemas é o ambiente, ainda reduzido a um lugar onde se procuram textos, conteúdo. Um bom curso é mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta. Para suprir a menor disponibilidade ao vivo do professor, é importante ter materiais mais elaborados, mais auto-explicativos, com mais desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades...). Isso implica em montar uma equipe interdisciplinar, com pessoas da área técnica e pedagógica, que saibam trabalhar juntas, cumprir prazos, dar contribuições significativas.
Um bom curso depende muito da possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, do estabelecimento de vínculos, de fomentar ações de intercâmbio. Quanto mais interação, mais horas de atendimento são necessárias. Uma interação efetiva precisa de ter monitores capacitados, com um número equilibrado de alunos. Em educação a distância não se pode só "passar" uma aula pela TV ou disponibilizá-la num site na Internet e dar alguns exercícios.
Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que uma aula presencial, mas também deve evitar a execução totalmente hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos. Precisamos aprender a equilibrar o planejamento e a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade, de criatividade). Nem planejamento fechado, nem criatividade desorganizada, que vira só improvisação.
Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se conseguirmos transformar o curso em uma comunidade viva de investigação, com atividades de pesquisa e de comunicação.
Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros fundamentais.
Um bom curso a distância não valoriza só os materiais feitos com antecedência, mas como eles são pesquisados, trabalhados, apropriados, avaliados. Traça linhas de ação pedagógica maiores (gerais) que norteiam as ações individuais, sem sufocá-las. Respeita os estilos de aprendizagem e as diferenças de estilo de professores e alunos. Personaliza os processos de ensino-aprendizagem, sem descuidar o coletivo. Permite que cada professor, monitor, encontre seu estilo pessoal de dar aula, onde ele se sinta confortável e consiga realizar melhor os objetivos, com avaliação contínua, aberta e coerente.
Um bom curso, presencial ou a distância, sempre será caro, porque envolve qualidade pedagógica e tecnológica. E a qualidade não se improvisa Ela tem um alto custo, direto ou indireto. Mas vale a pena. Só assim podemos avançar de verdade.
Um bom curso é aquele que nos entristece quando está terminando e nos motiva para encontrarmos formas de manter os vínculos criados. Um bom curso é aquele que termina academicamente, mas continua na lista de discussão, com trocas posteriores, os colegas se ajudam, enviam novos materiais, informações, apoios. Bom curso é aquele que guardamos no coração e na nossa memória como um tesouro precioso. Professores e alunos precisamos estar atentos para valorizar as oportunidades que vamos tendo de participar de experiências significativas de ensino/aprendizagem presenciais e virtuais. Elas nos mostram que estamos no caminho certo e contribuem para nossa maior realização profissional e pessoal.
Bibliografia:
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007.http://www.eca.usp.br/prof/moran/www.eca.usp.br/prof/moran
Refletindo o texto de Moran
Reflexão
do texto: O Que é um bom curso a distância? (José Manuel Moran)
Aluna: Roserice Maria de Araújo Chagas. Localidade: Fortaleza-CE
Aluna: Roserice Maria de Araújo Chagas. Localidade: Fortaleza-CE
Questionar
sobre o que é um bom curso é o que faço quando vou iniciar um curso novo, e a
resposta que vem em primeiro lugar é saber se esse curso vem de encontro ao
meus desejos, se atende aos meus objetivos ou se o mesmo está dentro de
assuntos ligados ao meu trabalho. Que aplicabilidade ele trará para a minha
vida profissional e acadêmica, faz parte dos questionamento. Devo antes de
inicia-lo estar consciente do compromisso que vou assumir, além da
disponibilidade que precisarei para cumprir as tarefas solicitadas. Isto é o
que o autor também aponta como indicativo. Só agora então chega o momento de
investigar os demais atributos que Moran apresenta e alerta em seu texto sobre
o que realmente seja um bom curso e desse modo fazermos a escolha certa. Dentre
os inúmeros fatores citados pelo autor como estar atento a organização, a
experiência acadêmica ou profissional dos envolvidos,as modalidades e recursos
oferecidos são essenciais. Segundo Moran (2002) a educação continuada é
facilitada pela possibilidade de integração de várias mídias que acessadas em
tempo real ou no horário favorável a cada indivíduo, põe em contato educadores
e educandos. “As paredes das escolas e das universidades se abrem, as
pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados e pesquisas” (Moran,2002).
Com isso quebramos o paradigma de que o espaço da sala de aula como se
pensava antes é o único lugar de se aprender. Seja pois uma aula presencial ou
a distância podemos fazer excelentes cursos, com ganhos de tempo e encurtamento
das distâncias como estamos vivenciando no curso atual.
Texto Moran usado para estudo EAD
Um Bom Curso (Moran, José Manuel,2007 ).
Quando olhamos para nossa experiência de alunos em sala de aula, um bom curso é aquele que nos empolga, nos surpreende, nos faz pensar, nos envolve ativamente, traz contribuições significativas e nos põe em contato com pessoas, experiências e idéias interessantes. Às vezes um curso promete muito, tem tudo para dar certo e nada acontece. Em contraposição, outro que parecia servir só para preencher uma lacuna, se torna decisivo.
Um bom curso depende de um conjunto de fatores previsíveis e de uma "química", uma forma de juntar os ingredientes que faz a diferença.
No fundamental,um bom curso presencial ou a distância, possuem os mesmos ingredientes:
Um bom curso, presencial ou a distância, depende, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
O grande educador atrai não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Há sempre algo surpreendente, diferente no que diz, nas relações que estabelece, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir
Um bom curso depende também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador.
Um bom curso depende também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apóiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.
Um bom curso depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem, de ter uma boa infra-estrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas... A aprendizagem não se faz só na sala de aula, mas nos inúmeros espaços de encontro, de pesquisa e produção que as grandes instituições propiciam aos seus professores e alunos.
Em educação a distância um dos grandes problemas é o ambiente, ainda reduzido a um lugar onde se procuram textos, conteúdo. Um bom curso é mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta. Para suprir a menor disponibilidade ao vivo do professor, é importante ter materiais mais elaborados, mais auto-explicativos, com mais desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades...). Isso implica em montar uma equipe interdisciplinar, com pessoas da área técnica e pedagógica, que saibam trabalhar juntas, cumprir prazos, dar contribuições significativas.
Um bom curso depende muito da possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, do estabelecimento de vínculos, de fomentar ações de intercâmbio. Quanto mais interação, mais horas de atendimento são necessárias. Uma interação efetiva precisa de ter monitores capacitados, com um número equilibrado de alunos. Em educação a distância não se pode só "passar" uma aula pela TV ou disponibilizá-la num site na Internet e dar alguns exercícios.
Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que uma aula presencial, mas também deve evitar a execução totalmente hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos. Precisamos aprender a equilibrar o planejamento e a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade, de criatividade). Nem planejamento fechado, nem criatividade desorganizada, que vira só improvisação.
Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se conseguirmos transformar o curso em uma comunidade viva de investigação, com atividades de pesquisa e de comunicação.
Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros fundamentais.
Um bom curso a distância não valoriza só os materiais feitos com antecedência, mas como eles são pesquisados, trabalhados, apropriados, avaliados. Traça linhas de ação pedagógica maiores (gerais) que norteiam as ações individuais, sem sufocá-las. Respeita os estilos de aprendizagem e as diferenças de estilo de professores e alunos. Personaliza os processos de ensino-aprendizagem, sem descuidar o coletivo. Permite que cada professor, monitor, encontre seu estilo pessoal de dar aula, onde ele se sinta confortável e consiga realizar melhor os objetivos, com avaliação contínua, aberta e coerente.
Um bom curso, presencial ou a distância, sempre será caro, porque envolve qualidade pedagógica e tecnológica. E a qualidade não se improvisa Ela tem um alto custo, direto ou indireto. Mas vale a pena. Só assim podemos avançar de verdade.
Um bom curso é aquele que nos entristece quando está terminando e nos motiva para encontrarmos formas de manter os vínculos criados. Um bom curso é aquele que termina academicamente, mas continua na lista de discussão, com trocas posteriores, os colegas se ajudam, enviam novos materiais, informações, apoios. Bom curso é aquele que guardamos no coração e na nossa memória como um tesouro precioso. Professores e alunos precisamos estar atentos para valorizar as oportunidades que vamos tendo de participar de experiências significativas de ensino/aprendizagem presenciais e virtuais. Elas nos mostram que estamos no caminho certo e contribuem para nossa maior realização profissional e pessoal.
Bibliografia:
MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007.http://www.eca.usp.br/prof/moran/www.eca.usp.br/prof/moran
Multiculturalismo
Profª Dra. Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães (UECE/CED)
WWW.ANPED.ORG.BR/REUNIOES/24/P1566139621984.DOC
.
O objetivo deste trabalho – uma pesquisa bibliográfica - é apresentar uma discussão inicial da possibilidade de construção de um olhar multicultural acerca dos significados e discursos pertinentes à proposta de Educação Inclusiva. Inicialmente apresentaremos nossa perspectiva sobre inclusão de pessoas com deficiência na escola e sobre o conceito de multiculturalidade. Em um segundo momento serão apresentadas algumas reflexões e ponderações que podem contribuir no debate entre Educação Especial, inclusão e multiculturalismo.
Nesta onda de discussões em torno do respeito às individualidades a ideia de inclusão social e escolar das pessoas com deficiência está na pauta do dia. São artigos e livros científicos, publicações de jornalistas e propagandas defendendo, amiúde de modo messiânico, os direitos sociais básicos das pessoas com deficiência. Deste modo "inclusão" - em Educação Especial - é um termo bastante difundido, mas o seu significado, frequentemente, dilui-se no contexto do dis
curso "politicamente correto", que defende, às vezes de modo ingênuo, a educação e sociedade inclusivas.
Porque é necessário analisar se a ideia de
"sociedade inclusiva" está centrada em um conceito abstrato de sociedade, ou seja, aquele que deixa de considerar os determinantes histórico-culturais que podem induzir à construção de discursos democratizantes e práticas excludentes.
Sanfelice (1989), com relação à educação formal, coloca que os discursos pedagógicos democráticos podem se cons
tituir como um mascarador coerente de práticas sociais que tendem à discriminação. Assim, a inclusão deve ser concebida nos seus contornos teóricos e práticos para permitir uma visão crítica desta prática social e não somente de seu discurso que, gradualmente, está se tornando hegemônico (ao menos no âmbito da Educação Especial).
São alguns aspectos que influenciaram na consolidação deste discurso que pretendemos ressaltar. Inicialmente, reconhecemos que a noção de Educação e Sociedade Inclusiva
está ancorada nas lutas da sociedade civil pelos direitos sociais básicos e nos progressos científicos e tecnológicos. Estes últimos permitiram à parte das pessoas que apresentavam deficiências superar suas desvantagens de ordem meramente orgânica. (Glat, Carneiro & Magalhães, 1998).
Somamos a isto o fato da Educação Especial ter um cabedal de metodologias e técnicas que podem permitir a efetivação de um trabalho pedagógico que possibilite a sua clientela ganhos no âmbito de sua aprendizagem e desenvolvimento. A Educação Inclusiva propõe, portanto, uma escola que possa atender às demandas de sua clientela (possua ou não necessidades educativas especiais) seguindo os princípios da democratização do ensino. Assim, o enfoque inclusivo pre
tende lidar com as necessidades educativas temporárias ou permanentes dos alunos.
É inegável a influência norte-americana na proposta de Educação Inclusiva. O estranho é pensarmos nos índices de crescente exclusão
1 que se delineiam na sociedade norte-americana com relação aos afro-americanos e aos descendentes de latinos americanos sobre quem, não por acaso, pesa o fracasso na escola. Para Apple(2000) a cultura hegemônica norte-americana delineada no currículo é um exercício de poder : a história e a cultura de grupos minoritários mal veem a luz do dia. Isto aponta que os laços de poder na imposição de um discurso pedagógico unívoco podem ter suas raízes na onda conservadora que tende a exacerbar as diferenças de gênero, classe e raça, na ausência de recursos humanos e materiais suficientes.(p. 71).
Assim, no contexto da globalização econômica e da mundialização da cultura é importante observar os caminhos propostos para a Educação Especial no Brasil. Parece-nos que caberia aos educadores e legisladores, ao propor a Educação Inclusiva, contemplarem as peculiaridades de nosso sistema de ensino, tais como o insucesso escolar das crianças que ingressam no ensino básico público, a formação de professores e o analfabetismo. E, por outro, lado compreenderem os novos padrões de produção e consumo que se estabelecem, o papel da mídia e da informatização da sociedade que colocam em cheque o papel da escola.
Além disto existe uma tendência de ardente defesa dos aspectos teóricos da inclusão e práticas, amiúde, pseudo-inclusivas. Porque estamos diante de uma sociedade exclusiva na qual o racismo, o sexismo e o preconceito contra pessoas com deficiência permeiam práticas e discursos. Isto leva os professores de classes regulares a representarem a inclusão de forma confusa, chegando até a serem reforçados preconceitos; assim na escola, a ideia de deficiência acaba por sobrepujar as "necessidades educativas" de cada aluno. Com efeito, evidencia-se, no que diz respeito à inclusão escolar, um conflito de representações sobre normalidade/deficiência, de efeitos consideráveis
1
- Segundo Apple (2000) em 1992 quatro quintos da população americana recebiam apenas um pouco mais da metade da renda total do país.
Multiculturalismo - Leitura Complementar
3
www.posugf.com.brwww.posugf.com.br
4 Multiculturalismo - Leitura Complementar
na prática pedagógica – metodologias de ensino, formas de avaliação, currículos formais – e nas interações cotidianas estabelecidas entre professores, alunos e outros profissionais da escola.
Assim, o fato de a criança ser matriculada e frequentar a sala de aula regular, por si só, não garante a sua inclusão – esta última pressupondo mudanças valorativas e atitudinais, e envolvendo transformações dos padrões curriculares da escola que convencionalmente tende a reificar os estigmas associados às pessoas com deficiência.
Defendemos que a compreensão da prática da Educação Inclusiva deve partir do conhecimento da forma com que a comunidade escolar lida cotidianamente com estas pessoas. Portanto, as ações devem ser compreendidas no seu ambiente natural de ocorrência, ou seja, na leitura dos acontecimentos, não é possível o divórcio entre as ações e as concepções dos atores no contexto sociocultural no qual estão inseridos. Portanto, as interações que se estabelecem no interior da escola - com alunos, professores e outros profissionais da educação - interessam para a consecução prática da Educação Inclusiva. Tal prática se fundamenta nos significados conferidos às possibilidades de um aluno com alguma desvantagem
2 frequentar a escola regular e efetivamente aprender com os demais alunos.
Urge, pois, esclarecer que a inclusão escolar supõe práticas pedagógicas diferenciadas, baseadas na noção de que ao educador cabe desenvolver o seu trabalho a partir das condições efetivamente existentes na clientela atendida. A concepção de prática pedagógica diferenciada e inclusiva, por outro lado, está ancorada na tese de que a heterogeneidade dos alunos deve ser respeitada e, portanto, os alunos com necessidades educativas especiais têm direito de participar e de serem considerados membros ativos no interior da comunidade escolar. ( Saint-Laurent, 1997)
Aqui se delineia outro aspecto a ser apontado como fundamental em nossa compreensão sobre inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais/pessoas com deficiência no contexto da escola regular. Esta inclusão está as
sociada ao redimensionamento de práticas educativas que visem à superação do fracasso escolar: não basta garantir o acesso à escola, de crianças com ou sem deficiências, é preciso que a escola esteja apta para lidar com o aluno real.
O que parece estar em jogo quando o assunto é inclusão é a consideração em torno da DIFERENÇA (tão manifesta no caso das pessoas com deficiência) a ser não somente tolerada, mas um elemento constitutivo das diversidades humanas em diálogo e conflito na escola. Cumpre, pois, ponderar a contribuição do multiculturalismo como perspectiva teórica e prática na construção da educação inclusiva.
Moreira e Canen(1999) alertam que para referir-se ao multiculturalismo é necessário ter clareza de que ao termo
2
- Desvantagem é compreendida nesse trabalho como condição social de prejuízo resultante de deficiência. Diz respeito aos prejuízos que o indivíduo experimenta devido à presença de uma deficiência. A desvantagem reflete-se na adaptação do indivíduo e interação dele com o seu meio. (Amaral, 1995).cultura pode ser dados variados significados; nesse trabalho a palavra cultura evoca, o conjunto de prática por meios das quais significados são produzidos e compartilhados em um grupo (p. 14). Por outro lado, a natureza multicultural das sociedades existe e representa uma condição peculiar na contemporaneidade, ou seja, não pode ser negada. Existem, no entanto, diversas formas de conceber e lidar com o denominado multiculturalismo.
Em uma perspectiva multiculturalista liberal as diferenças são respeitadas e toleradas porque sob a aparente diferença existiria uma mesma humanidade. Moreira (1999) aponta que, nessa abordagem, a aceitação dos diferentes é considerada necessária, mas as relações de poder e controle social atreladas à construção dessas diferenças não são colocadas em análise.
O presente trabalho defende uma perspectiva multicultural crítica que denuncia as dificuldades inerentes à existência da igualdade entre grupos no contexto competitivo do capitalismo. Tal perspectiva, por outro lado, enfatiza que a
diferença não é uma característica natural: ela é discursivamente produzida(. . . ) além disto à diferença é sempre uma relação: não se pode ser diferente de forma ‘absoluta’. (Silva, 1999 p. 87). Assim, um olhar arguto sobre a diferença é lançado. O diferente e o não-diferente são produtos sociais, ou seja, o processo de construção da "diferença" como algo negativo e "não-diferença" como algo positivo, nasce associado impreterivelmente às relações de poder.
Essa análise pode ser remetida àquelas que vêm sendo estabelecidas por Omote (1994, p. 69) que postula que deficiência e não-deficiência são recortes de um mesmo tecido social:
O multiculturalismo crítico aborda, também, a questão das diferenças entre grupos que coexistem em uma mesma cultura e, também, lida com o fato de que concepções hegemônicas de gênero, etnia, sexualidade e deficiência circulam na sociedade logrando a formação de subjetividades e representações, em geral, pautadas nos preconceitos e estereótipos. Enfatizar o caráter discursivo das diferenças e as relações de poder
associadas a sua construção pode fundamentar práticas multiculturais na escola que cedam espaço para as vozes silenciadas nos currículos e práticas pedagógicas. Portanto, a escola não pode reificar concepções unívocas, preconceituosas a respeito das diferenças. Contudo, cabe frisar o que colocou Silva (1999, p. 88) quando afirma www.posugf.com.br 5 Multiculturalismo - Leitura Complementar
as diferenças estão sendo constantemente produzidas e reproduzidas através das relações de poder
, nesse sentido o multiculturalismo questiona os tipos de representação sobre os alunos com deficiência que circulam ou deixam de circular na escola.
Tomamos de empréstimo as palavras de Moreira & Canen (1999, p. 18 e 19) e colocamos que a construção da educação inclusiva deve estar pautada em dois princípios: a promoção do respeito à diversidade e a formação dos alunos visando um trabalho coletivo em favor da justiça social:
de promover a capacidade de assumir outras perspectivas, de propiciar o desenvolvimento da empatia. (. . . ) trata-se de evidenciar as relações de poder envolvidas na construção da diferença, de criar oportunidades, de incentivar habilidades e atitudes necessárias ao fortalecimento do poder individual e coletivo, bem como de desenvolver habilidades de pensamento crítico.
Assim, no currículo desenvolvido nas escolas que se pretendam inclusivas devem ser travadas discussões pertinentes à formação das identidades em uma perspectiva dinâmica que encare os preconceitos e estereótipos como algo com múltiplas representações e desdobramentos a serem questionados. Assim, lidar com os "diferentes" na sala de aula significa necessariamente romper com as concepções estereotipadas sobre grupos marginalizados. Por outro lado, na difícil caminhada da "diferença" na escola regular muitas histórias silenciadas merecem vir à tona para que não se pense que a aceitação e o respeito à diversidade é tarefa que diz respeito apenas à capacitação de professores e a existência de condições humanas e materiais na escola, a solidariedade ou a tolerância.
O silêncio diante da deficiência/diferença que acompanha as algumas pessoas é tão grave quanto um discurso sobre a deficiência, que defendendo a sua inclusão, relega o arguto olhar multicultural atendo-se somente ao aspecto metodológico e a feitura das adaptações curriculares no interior da escola. A questão aqui não é negar o aspecto técnico da consecução da prática educativa inclusiva, mas pensar essa prática como um momento de vislumbrar a construção da identidade da pessoa com deficiência na busca da superação de estereótipos e preconceitos. Questionamos qual seria real significado de um discurso inclusivo que afirma
Nessa perspectiva julgamos que o poeta afro-americano James Weldon Jonhson( 1989, p. 93) que cantou e denunciou a exclusão de seu grupo étnico pode mostrar quão necessário é o olhar multicultural no processo de construção da educação inclusiva:
"Como nos aceitarias?/ Assim como somos? / Nosso olhar em êxtase preso a uma estrela? /Ou estupefato e vazio ante o desespero?/ Ascendendo ou tombando? /Homens ou coisas?".
Portanto, um olhar multicultural pode evitar uma concepção de educação inclusiva atrelada somente a análises técnicas e colocar em relevo uma discussão sobre a diferença/deficiência.
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